sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Os 10 roubos mais espetaculares da história.

INTRODUÇÃO

Um dia antes do Iraque ser atacado pelos Estados Unidos em 2003, o ditador iraquiano Saddam Hussein, prevendo tempos difíceis à frente, decidiu retirar um dinheirinho do banco. Mas, Saddam não era modesto e levou US$ 1 bilhão. O problema é que os saques feitos pelo ditador eram no Banco Central do Iraque, de um dinheiro que pertencia ao povo iraquiano e não a ele e sua família.

Hussein cometeu provavelmente o maior e mais fácil roubo a banco da história, sendo que parte do dinheiro sacado - cerca de US$ 650 milhões - foi recuperado mais tarde pelas tropas americanas que o encontraram escondido nas paredes de um dos palácios de Saddam. O ditador do Iraque não foi nada discreto e não precisou elaborar um plano espetacular para roubar o dinheiro. Simplesmente mandou que lhe entregassem a grana.

Mas nem todos os bandidos espalhados pelo planeta têm o poder que Hussein tinha e, se querem fazer o assalto perfeito, têm que elaborar planos sofisticados e meticulosos para roubar obras de arte, pedras preciosas e montanhas de dinheiro guardadas em cofres quase intransponíveis. Descubra abaixo dez dos roubos mais ousados e valiosos da história.

10- Diamantes de Antuérpia



A cidade de Antuérpia, na Bélgica, é considerada a capital mundial dos diamantes. Lá está o edifício do Centro de Diamantes, um local provido de 160 cofres e um dos mais sofisticados sistemas de segurança. São nesses cofres que os principais negociantes de diamantes do planeta depositam suas pedras.

Durante dois anos, quatro ambiciosos ladrões planejaram um assalto a esses cofres. Fez parte do plano deles alugar uma sala no edifício para observarem o sistema de segurança e providenciarem cópias das chaves dos locais estratégicos.

Em fevereiro de 2003, eles entraram em ação. Colocaram imagens pré-gravadas em todas as câmeras de segurança, burlaram o sistema de alarme e esvaziaram 123 cofres. As pedras roubadas valiam US$ 100 milhões. Os quatro acabaram presos, mas as pedras não foram recuperadas.

9- Museu Van Gogh



maior roubo de artes da história aconteceu em Amsterdã. Lá fica o Museu Nacional Vincent Van Gogh, que reúne o principal acervo mundial do maior artista holandês de todos os tempos. Em abril de 1991, 20 obras de Van Gogh foram roubadas de dentro do museu. As peças estavam avaliadas na época em US$ 500 milhões.

Mas o sumiço durou apenas meia hora e a polícia recuperou as pinturas abandonadas num carro estacionado próximo a uma estação de trem. Quase nada se descobriu a respeito desse espetacular assalto, a não ser que ele foi cometido por dois homens armados usando máscaras de esqui que agiram durante 45 minutos.

Tempo necessário para render os guardas, fazê-los desativar todos os sistemas de segurança do museu e ensacar as obras. Até hoje não se descobriu quem eram os ladrões, nem exatamente como conseguiram aparecer dentro do museu no meio da madrugada e muito menos por que deixaram o valioso produto roubado para trás.

8- Assalto ao trem pagador



O assalto ao trem pagador na Inglaterra nos anos 60 é um dos mais famosos crimes da história. Em 8 de agosto de 1963, duas gangues de Londres, com 15 homens - entre eles, o carpinteiro Ronald Biggs, que se refugiaria por três décadas no Brasil após fugir da prisão -, pararam na Bridego Railway Bridge o trem postal que ia de Glasgow para Londres. Os bandidos não usaram armas e roubaram uma quantia em libras esterlinas equivalente a quase US$ 80 milhões, em notas miúdas.

Nas investigações, a polícia encontrou um esconderijo usado pelas gangues em Leatherslade Farm, distante cerca de 40 quilômetros do local do roubo, e lá colheu várias impressões digitais - deixadas por um comparsa encarregado de limpá-las, mas que se preocupou mais em roubar parte do dinheiro roubado do que em fazer seu serviço. Graças a elas, foi possível prender treze dos quinze assaltantes.

7- Northern Bank



No domingo, na semana do Natal de 2004, um funcionário do Northern Bank, de Belfast (Irlanda do Norte), recebeu a inoportuna visita de três homens mal intencionados, armados e disfarçados de policiais que queriam saber onde morava o chefe dele. Os dois, e suas respectivas famílias, acabaram como reféns e passaram a noite do domingo e a segunda-feira na companhia dos bandidos.

O objetivo era auxiliá-los no que foi um dos maiores roubos a bancos da história do Reino Unido. Cerca de US$ 50 milhões foram levados do cofre do banco, que estava bem abastecido pois faria a distribuição de notas para os caixas automáticos no período natalino.

Os funcionários que tiveram as famílias sequestradas trabalharam normalmente na segunda-feira e no fim do expediente, após a saída dos demais empregados do banco, abriram a porta para a gangue de assaltantes.
O governo britânico chegou a alegar que a ação teria sido praticada por uma das facções do Exército Republicano Irlandês (IRA). Nenhum dos criminosos foi identificado e a polícia conseguiu recuperar apenas US$ 100 mil do dinheiro roubado.

6- Banco Central do Brasil



O roubo do dinheiro guardado em um dos prédios do Banco Central do Brasil foi um dos mais espetaculares e o mais vultoso na história brasileira. No fim de semana de 6 e 7 de agosto de 2005, um grupo de ladrões retirou do prédio do Banco Central em Fortaleza (Ceará) cinco contêineres com notas de R$ 50, num total de aproximadamente R$ 165 milhões. As notas lá estavam para serem avaliadas - elas poderiam ser destruídas ou postas em circulação novamente - por isso não estavam em numerações sequenciais, o que tornava muito difícil seguir o rastro delas.

O plano começou a ser posto em prática três meses antes, quando o grupo alugou uma casa a dois quarteirões do edifício e iniciou a abertura de um túnel, a quatro metros da superfície, com 78 metros de comprimento. Na casa alugada, a movimentação e o trabalho dos criminosos eram disfarçados por uma suposta reforma dos jardins da residência, para que os vizinhos não desconfiassem de nada. Segundo a Polícia Federal, das 36 pessoas que participaram diretamente do esquema, 26 foram presas e quatro acabaram assassinadas. Cerca de um terço do dinheiro foi recuperado.

5- Depósito Knightsbridge



O italiano Valerio Viccei liderou um dos maiores roubos do século 20. O alvo foi uma casa de valores em Londres (Inglaterra), uma espécie de banco somente para guarda de dinheiro, documentos e jóias com vários cofres de aluguel. Em 12 de julho de 1987, dois homens entraram no Depósito Knightsbridge e solicitaram um cofre para alugar. Quando foram levados ao local, eles renderam o gerente e depois todos os seguranças.

Na porta da entrada colocaram um aviso de "fechado" para evitarem ser incomodados enquanto roubavam os valores guardados no cofres, num total avaliado em US$ 112 milhões. Durante as investigações, a polícia conseguiu identificar as digitais de Viccei. Após quase um mês de vigilância, os policiais prenderam o italiano e vários de seus comparsas.

4- Terminal da Lufthansa



O mafioso Jimmy Burke - retratado no filme "Os Bons Companheiros" (direção de Martin Scorsese, 1990) - planejou um ousado assalto ao hangar da Lufthansa no aeroporto John Kennedy, em Nova York, um dos mais movimentados do mundo. Um funcionário do Kennedy que tinha dívidas com um dos mafiosos da família Lucchese, a qual Burke estava ligado, contou sobre um carregamento mensal de dinheiro gasto por homens de negócio e turistas na Alemanha Ocidental e que ficava armazenado no aeroporto.

Em 11 de dezembro de 1978, Burke colocou seu plano em ação. Em apenas uma hora, o grupo rendeu os principais funcionários, abriu as duas portas de segurança sem acionar os alarmes e levou para duas vans cerca de US$ 5 milhões em notas que não podiam ser rastreadas e mais US$ 800 mil em jóias. Foi o maior roubo de dinheiro em espécie ocorrido até então em solo americano.

3- Banque de France



Para os franceses este foi o roubo do século. Ele durou apenas 20 minutos e rendeu cerca de US$ 30 milhões. Em 16 de dezembro de 1992, um grupo armado invadiu uma agência do Banque de France na cidade de Toulon durante o expediente bancário. A agência estava cheia de clientes, mas os bandidos não se preocuparam muito com isso já que amarraram vários explosivos no corpo de um dos guardas do banco e ameaçaram mandar tudo pelos ares caso alguém atrapalhasse a ação deles.

O assalto foi realizado por dez homens fortemente armados que tiveram acesso a informações sobre o funcionamento do banco dadas por um funcionário da instituição. Dois meses após o assalto, quase toda a quadrilha havia sido presa pela polícia.

2- Museu de Boston



Dois homens disfarçados de policiais bateram na porta do Isabella Stewart Gardner Museum, em Boston (EUA), no começo da madrugada de 18 de março de 1990. A ordem de não abrir a porta para ninguém durante a madrugada não foi obedecida pelos dois agentes de segurança do museu, que logo estavam amarrados e amordaçados no porão.

Em menos de duas horas, os ladrões recolheram doze obras de arte, entre elas três de Rembrandt, uma de Manet e cinco de Degas, avaliadas em US$ 300 milhões. Antes de partir os ladrões levaram com eles as fitas das câmeras de segurança. Nem a polícia de Boston nem o FBI conseguiram pistas sobre os bandidos e as obras de arte levadas.

1- O roubo da Mona Lisa



Há obras de arte que valem muito dinheiro. E há algumas poucas que têm uma importância tão grande para a cultura que é quase impossível lhes atribuir um valor monetário. O retrato da Mona Lisa, feito por Leonardo da Vinci, é uma dessas de valor inestimável. O mais incrível é que uma das mais cobiçadas obras primas da humanidade foi furtada por um homem só, sem nenhum plano mirabolante.

O maior roubo de todos os tempos foi cometido pelo italiano Vincenzo Peruggia, que trabalhava como faxineiro no Museu do Louvre, em Paris (França), onde o quadro está exposto. Com a missão, segundo ele, de simplesmente devolver para a Itália o quadro que havia sido roubado por Napoleão, Peruggia, durante seu turno de limpeza, simplesmente tirou a Mona Lisa da moldura, a enrolou e a levou para casa.

Isso tudo aconteceu em 21 de agosto de 1911. Durante dois anos de investigação, a polícia francesa não conseguiu nenhuma pista substancial que a levasse até o faxineiro. Somente em 1913, quando Peruggia finalmente tentou vender a obra por US$ 95 mil a um comerciante de artes e ao curador de um museu italiano, a Mona Lisa foi recuperada e ele acabou preso.

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